“Deus é como o vento. Sentimos na pele quando ele passa, ouvimos a sua música nas folhas das árvores e o seu assobio nas gretas das portas. Mas não sabemos de onde vem e nem para onde vai. Na flauta o vento se transforma em melodia.
“Deus é como um pássaro encantado que nunca se vê. Só se ouve o seu canto…”
Não precisamos dizer o nome ‘rosa” para sentir o seu perfume.
Não precisamos dizer o nome ‘ mel’ para sentir a sua doçura.
Quer ver Deus? Veja a beleza do sol que se põe, sem pensar em Deus.
Quer ouvir Deus? Entregue-se à beleza da música, sem pensar em Deus.
Quer sentir o cheiro de Deus? Respire fundo o cheiro do jasmim, sem pensar em Deus.
Quer saber como é o coração de Deus? Empurre uma criança num balanço, porque Deus tem um coração de criança, sem pensar em Deus.
Há beleza demais no universo. Mas o tempo vai-nos roubando as coisas que amamos.
Vai-se o arbusto, vai-se a montanha, vão-se os riachos cristalinos, vão-se as pessoas amadas, vamos nós…
Vai-se o arbusto, vai-se a montanha, vão-se os riachos cristalinos, vão-se as pessoas amadas, vamos nós…
O tempo é um monstro que devora os seus filhos. Fica a saudade.
Saudade é a presença da ausência das coisas que amamos e nos foram roubadas pelo tempo.
Saudade é a presença da ausência das coisas que amamos e nos foram roubadas pelo tempo.
Quando se pronuncia o nome sagrado está-se afirmando que a beleza amada não está perdida no passado. Está escrito num poema sagrado: Lança o teu pão sobre as águas porque depois de muitos dias o encontrarás… (Eclesiastes 11.1).
As águas dos rios são circulares, o tempo é circular, o que foi perdido volta, um eterno retorno… Deus existe para nos curar da saudade…
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