23 novembre 2015

Novo álbum de Enya ‘Dark Sky Island’!


Após 8 anos sem lançar nenhum álbum inédito, finalmente chegou o tão aguardado álbum de Enya ‘Dark Sky Island’.

A versão padrão é composta por onze canções. Começa com "The Humming", seguida por "So I Could Find My Way" e em seguida "Even in the Shadows". A quarta é "The Forge of the Angels". Há também "Echoes in Rain", "I Could Never Say Goodbye" e a faixa título "Dark Sky Island". Na segundametade temos "Sancta Maria", "Astra et Luna" em seguida fecha com "The Loxian Gate" e "Diamonds on the Water".  "Três composições extras para a versão deluxe, "Solace", "Pale Grass Blue" e "Remember Your Smile". 

Sobre seu novo lançamento, Enya disse: 
"Este álbum tem como tema, jornadas. Jornadas para a ilha; jornadas de vida; histórias, emoções; e viagens através de grandes oceanos. Assim, embora não seja um álbum temático, não pode deixar de haver uma subjacente conexão entre as músicas".

Outra história interessante é a origem do nome do disco: é uma homenagem à ilha inglesa de Sark, uma ilha tão pequena e estranha que poucas pessoas sabem. Sark está localizado ao largo da costa da Normandia, não há aeroportos e nenhum veículo, somente rudimentares. Você só pode ir de barco. Tem as suas leis, o seu parlamento e apenas 600 habitantes vivendo por lá. Um dos lugares de céu mais límpido do planeta, muitas vezes utilizada para observar constelações. É justamente uma “dark sky island” (ilha do céu escuro). 

É difícil ouvir qualquer das canções da Enya e esquecê-las. Com tantos acontecimentos ruins no mundo, sua música é um alento!


13 novembre 2015

A difícil arte de ser feliz


“Você me pede que eu fale sobre a difícil arte de ser feliz. Digo primeiro que não é possível ser feliz. Felicidade é coisa muito grande. O máximo que os deuses nos concedem são momentos de alegria que, segundo Guimarães Rosa, acontecem em ‘raros momentos de distração’. Ás vezes a gente fica infeliz por causa de coisas tristes: perde-se o emprego, uma pessoa querida morre… Quando coisas assim acontecem, o certo é ficar triste. Quem continuar alegre em meio a situações de dor é doente. Alegria nem sempre é marca de saúde mental. Há uma alegria que é marca de loucura.

Mas às vezes a nossa infelicidade se deve à nossa estupidez e cegueira. Cegueira: isso mesmo. Olho bom que não vê. Jesus diz que os olhos são a lâmpada do corpo. Quando a lâmpada espalha luz, o mundo fica colorido. Quando a lâmpada espalha escuridão, o mundo fica tenebroso. Você diz que é infeliz porque tem medo do futuro. Eu também tenho. 

A Adélia Prado tem um verso em que diz que o Paraíso vai ser igualzinho a esta vida, tudo do mesmo jeito, com uma única diferença: a gente não vai mais ter medo. Imagine que o presente é uma maçã madura, vermelha, perfumada, deliciosa. Você se prepara para comê-la, mas, de repente, percebe que dentro dela há um verme. O nome dele é medo. De onde ele vem? Do futuro. Estranho isso: o futuro ainda não aconteceu. Ele não existe. Como é que um verme pode nascer do que não existe? Não existe do lado de fora. Existe do lado de dentro. Dentro da imaginação o futuro existe. O verme nasce da alma. Para a alma, aquilo que é imaginado existe. Como diz Guimarães Rosa: ‘Tudo é real porque tudo é inventado’. A alma é o lugar onde o que não existe, existe. Nossa imaginação perturbada enche o futuro de coisas terríveis que assombram o presente. Pode ser até que essas coisas terríveis venham a acontecer. Por isso eu também tenho medo. Mas o certo é viver a sua dor no momento em que ela vier, e não agora, quando ela não existe.

Jesus diz que sabedoria é viver apenas o dia presente. ‘Por que andais ansiosos pelo dia do amanhã? Olhai os lírios dos campos… Olhai as aves dos céus… Qual de vós, com sua ansiedade, será capaz de alterar o curso da vida?’ Os lírios do campo serão cortados e morrerão. Também as aves do céu: o momento da sua morte vai chegar. Mas os lírios e as aves não vivem no futuro; vivem no presente. O fato é que aves e lírios vão morrer, mas não sabem que vão morrer. Nós vamos morrer e sabemos que vamos morrer. Em nosso futuro mora um grande medo. É desse grande medo que vem o verme…

Estória Zen: Um homem caminhava por uma floresta. Anoitecia. Escuro. De repente, o rugido de um leão. O homem teve muito medo. Correu. No escuro não viu por onde ia. Caiu num precipício. No terror da queda agarrou-se a um galho que se projetava sobre o abismo. E assim ficou pendurado entre o leão e o vazio. De repente, olhando para a parede do precipício, viu uma plantinha e, nela, uma fruta vermelha. Era um morango. Ele estendeu o seu braço, colheu o morango e o comeu. Estava delicioso… Aqui termina a estória. E preciso ter olhos novos. Olhos que vejam os morangos à beira do abismo… Carpe Diem!”

Rubem Alves in A grande arte de ser feliz.

3 novembre 2015

Enya - So I Could Find My Way



So I Could Find My Way

A thousand dreams you gave to me
You held me high
You held me high
And all those years you guided me
So I could find my way

How long your love had sheltered me
You held me high
You held me high
A harbour holding back the sea
So I could find my way

So let me give this dream to you
Upon another shore
So let me give this dream to you
Each night and evermore
Yet only time keeps us apart
You held me hPasso a passo

You held me high
You're in the shadows of my heart
So I can find my way

You held me high
You held me high

So let me give this dream to you
Upon another shore
So let me give this dream to you
Each night and evermore
A thousand dreams you gave to me
You held me high
You held me high
And all those years you guided me
So I could find my way
So I could find my way